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[For description in English, please go [here\] ][1] ### Descrição do projeto ## TÍTULO A Demografia Econômica do COVID-19 no Paraná: diagnóstico e perspectivas ## PALAVRAS-CHAVE população, economia, estrutura-etária, mortalidade, fecundidade, migrações, morbidade, projeções, coronavirus ## RESUMO A epidemia do COVID-19 teve início na América Latina e no Caribe no final de fevereiro de 2020, dois meses após seu início na China e um mês após o início na Europa. No estado do Paraná em 12 de março de 2020 foram confirmados 6 casos de COVID-19, 5 em Curitiba e 1 em Cianorte. Até o dia 15 de abril o Paraná já contabilizava 816 casos, 41 pessoas mortas e 377 em investigação. O objetivo do projeto é analisar a distribuição e a evolução espacial e temporal dos indicadores demográficos relacionados ao COVID-19 no Paraná. Cabe destacar que este é um projeto interdisciplinar, contando com a participação de pesquisadoras(es) de diversas áreas do conhecimento. O projeto utiliza dados da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná; além de dados demográficos, entre outros. Estes dados são utilizados para calcular as taxas de incidência e prevalência, taxas específicas de mortalidade e padronização. O projeto tem a duração prevista de cinco anos. O resultado esperado é a apresentação de um estudo demográfico econômico dos desdobramentos da pandemia de COVID-19 no estado do Paraná, que poderá ser usado para subsidiar a definição de políticas de saúde e a tomada de decisão dos agentes públicos e privados. ## EQUIPE DE PESQUISA Coordenadora: Profa. Dra. Raquel Guimarães (Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Núcleo de Estudos em Economia Social e Demografia Econômica) Subcoordenador: Prof. Dr. Junior Ruiz Garcia (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico, Núcleo de Estudos em Economia Social e Demografia Econômica e Grupo de Estudos em MacroEconomia Ecológica) Equipe de pesquisadores: - Profa. Dra. Angela Welters (Núcleo de Estudos em Economia Social e Demografia Econômica) - Profa. Dra. Denise Maria Maia (Núcleo de Estudos em Economia Social e Demografia Econômica) - Dra. Acácia Maria Lourenço Francisco Nasr (Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, SESA/PR) - Carlos Alberto Gebrim Pteto (Secretário do Estado de Saúde do Paraná, SESA/PR) - Nestor Werner Junior (Diretor Geral da Secretaria do Estado de Saúde do Paraná, SESA/PR) - Maria Goretti David Lopes (Diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, SESA/PR) - Eron José Maranho (Núcleo de Estudos em Economia Social e Demografia Econômica) - Rossana Ribeiro Ciminelli (Núcleo de Estudos em Economia Social e Demografia Econômica) - Luis Alceu Paganotto (Núcleo de Estudos em Economia Social e Demografia Econômica) ## ARCABOUÇO TEÓRICO A epidemia do COVID-19 teve início na América Latina e no Caribe no final de fevereiro de 2020, dois meses após seu início na China e um mês após o início na Europa. Na data de hoje, 15/04/2019, dados oficiais reportados pelo Ministério da Saúde revelam um total de 28.320 casos confirmados e 1.736 óbitos, com taxa de letalidade estimada em 6,1%. No Paraná, são 803 casos confirmados (3%) e 38 óbitos (2,3%) (Ministério da Saúde, 2020). Cabe destacar que é possível identificar diferenças entre os dados divulgados pelos governos federal, estadual e municipais, além dos atrasos na realização dos testes. Esta situação coloca mais desafios para a análise da crise e a tomada de decisões, porque não é possível ter um panorama clara da situação. Se comparado com outros países, onde o contágio se encontra em estado mais avançado, tais como os países Europeus e da Ásia (Taylor, 2020), a taxa de crescimento da epidemia na América Latina e do Caribe é mais elevada (Roser, Ritchie, & Ortiz-Ospina, 2020). Contudo, a baixa disponibilidade e cobertura dos testes do COVID-19 na América Latina e Caribe tem dificultado a mensuração do estágio atual e real da epidemia. Este cenário pode indicar que haja grande subnotificação dos casos e dos óbitos (Enrique Acosta, Aburto, Alburez- Gutierrez, Guimaraes, & Nepomuceno, 2020). Estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Brasília (UNB) em parceria com outras instituições de pesquisa, publicado no Portal COVID-19 Brasil1, destaca que o número de pessoas contaminadas no país talvez seja muito maior do que informado oficialmente. Os pesquisadores afirmam que o número de infectados seja superior a 300 mil pessoas (divulgado em 11 de abril de 2020). A diferença entre a informação oficial e as estimativas da pesquisa é resultado da subnotificação. A estimativa do total de subnotificações dos casos confirmados foi realizada com base no número de obtidos notificados (COVID-19 Brasil, 2020). Além dos desafios enfrentados pelo Brasil e pela América Latina no controle da pandemia, a região possui outros fatores agravantes. Como destacado, um deles é a subnotificação de casos e óbitos. Outro é que muitos países da região possuem sistemas de saúde precários e alta prevalência de doenças crônicas, como diabetes e pressão arterial alta, um perfil epidemiológico que pode contribuir para um aumento do número de mortes por COVID-19 (OPAS, 2020). No Brasil, tal situação não é diferente. Além disso, nas últimas décadas o país vem combatendo doenças infecto contagiosas como a Zika e a Dengue que o torna ainda mais vulnerável (Valle, Nacif Pimenta, & Aguiar, 2016). Cabe ressaltar que a região também apresenta altos níveis de informalidade na economia e uma profunda desigualdade econômica e estrutural que dificultam ainda mais a adoção das medidas de isolamento social por longos períodos. No momento esta tem sido a principal estratégia para conter o avanço do COVID-19 na população (OPAS, 2020; WHO, 2020). Estudos publicados para países vizinhos do Brasil, como Equador e Peru, atestam a dificuldade para a adoção destas medidas (Oxford Analytica, 2020b; Oxford Analytica, 2020a). A situação é ainda mais complicada no Brasil, onde existe uma elevada coabitação dos netos com os avós, o que aumenta o risco de contágio para a população idosa (Morais & Rego, 2017). Há também, indícios de que os casos de violência doméstica contra as mulheres, comuns na região, aumentaram durante o período de isolamento social. Este contexto também tem impactos econômicos que podem comprometer a eficácia das medidas de enfrentamento, além daqueles relacionados aos gastos em infraestrutura e recursos para o setor de saúde pública e privada. O aumento no ritmo de infecção pode afetar a oferta de bens e serviços essenciais, além de levar ao colapso do sistema de saúde. Assim, a adoção de medidas econômicas para permitir a maior taxa possível de isolamento social é fundamental para conter o ritmo de infecção e a garantia de oferta de bens e serviços essenciais (Baldwin & Mauro, 2020b, 2020a). Neste contexto, este projeto tem como foco o estudo de caso do Paraná, estado com reconhecida qualidade da cobertura dos dados epidemiológicos e de mortalidade. No caso do Paraná, há que se considerar também, em termos da Demografia Econômica do COVID-19, como os diferentes arranjos familiares e cobertura da proteção social irão afetar as diferentes dimensões do trabalho produtivo, reprodutivo, e do cuidado (Piras, 2020). ## OBJETIVOS ### Objetivo geral Analisar a distribuição e a evolução espacial e temporal dos indicadores demográficos relacionados ao COVID- 19 no estado do Paraná ### Objetivos específicos Investigar a distribuição temporal e espacial dos casos confirmados e óbitos. Analisar a distribuição etária e os principais grupos etários de risco da doença. Correlacionar os indicadores demográficos com indicadores econômicos, tais como: Índice Paranaense de Desempenho Municipal (IPD-M) PIB per capita Analisar as tendências da taxa de fecundidade total, das taxas específicas de fecundidade, mortalidade por causa e fluxos migratórios pós-COVID. Aplicar metodologias para a correção da notificação de pessoas infectadas e dos óbitos com base em metodologias internacionais (subnotificação). ## DADOS E MÉTODOS Os dados do projeto são fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná aos pesquisadores do projeto. Os dados são fornecidos sem a identificação do indivíduo, sendo somente enviados boletins diários com as informações sociodemográficas, as quais são de interesse deste estudo. O projeto também faz uso de outros dados demográficos, como população estimada no município por idade e sexo, Índice Paranaense de Desempenho Municipal, entre outros. Neste sentido, o projeto utiliza as bases de dados do IPARDES (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Ministério da Saúde, entre outras. O projeto dispõe das técnicas de análise demográfica, tais como cálculo de taxas de incidência e prevalência, taxas específicas de mortalidade, padronização, entre outras. Vale destacar que a análise é realizada no espaço- tempo. Para isso, faz-se uso de técnicas de análises espaciais, geoprocessamento, (geo)estatística, entre outras. Estas análises espaciais são realizadas com o auxílio do ArcGis 10.2.2 (ESRI, 2013) e do QGIS (QGIS, 2020). A equipe do projeto vai avaliar a possibilidade de utilização dos métodos de predição (Epcalc – simulador de epidemias), Modelo Exponencial de Epidemias, Estimativa da População Infectada, Demanda Hospitalar, entre outros métodos e ferramentas disponibilizadas pela equipe do Portal COVID-19 Brasil (COVID-19 Brasil, 2020), além de outros métodos a ser publicados. Ademais, a análise dos dados leva em conta a contextualização da epidemia no Paraná à luz das experiências das Unidades da Federação, do Brasil e de outros países. Esta análise utiliza a vasta bibliografia disponível sobre o tema (Google Scholar, 2020), análise qualitativa, as quais podem contar com a realização de entrevistas com gestores, meta-análise, além da quantitativa apresentada acima (correlações, modelos de regressão, análise espacial etc.). ## CRONOGRAMA O projeto tem duração prevista de cinco anos, a partir de sua aprovação e registro na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ano 1 – Coleta de dados, revisão bibliográfica, correção de sub-registros (subnotificações). Ano 2 – Projeções e estudos correlacionais, aplicação de técnicas demográficas de projeções. Ano 3 – Revisão das projeções com base em novos dados, análise do perfil de morbidade e mortalidade. Ano 4 – Análise das informações e preparação das publicações. Ano 5 – Análise das informações e preparação as publicações. ## INFRA-ESTRUTURA DISPONÍVEL A proposta tem à disposição a infraestrutura operacional do Núcleo de Estudos em Demografia Social e Demografia Econômica (NESDE), vinculado ao Departamento de Economia, do Setor de Sociais Aplicadas e da Universidade Federal do Paraná para atingir seus objetivos. Neste aspecto, cabe destacar que o Setor de Sociais Aplicadas e a Universidade Federal do Paraná disponibilizam espaço físico, bibliotecas e laboratórios de informática para processamento de dados e dos equipamentos dos pesquisadores vinculados ao projeto, além de locais adequados e seguros para armazenar materiais relacionados à pesquisa. Vale mencionar que o projeto vai participar dos editais de seleção de bolsistas de iniciação científica internos à Universidade Federal do Paraná, além dos editais das instituições de fomento à pesquisa no estado do Paraná, como a Fundação Araucária, no Brasil, tais como CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e internacionais. ## PRODUTOS E RESULTADOS ESPERADOS Ao longo do desenvolvimento do projeto espera-se a publicação de notas e relatórios técnicos, a preparação de artigos científicos a serem submetidos a eventos e periódicos nacionais e internacionais. Na eventual participação de bolsistas de iniciação científica e de estudantes de pós-graduação, espera-se ainda a participação em eventos de iniciação de científica e na publicação de trabalhos de conclusão de curso de graduação e pós- graduação. Outro produto esperado é a publicação de artigos na mídia e na página do Núcleo de Estudos em Economia Social e Demografia Econômica (www.nesde.ufpr.br) e outros meios de comunicação. Por fim, espera-se a divulgação de um estudo demográfico e econômico a sociedade dos desdobramentos da pandemia do COVID-19 no Paraná, do ponto de vista dos formuladores de políticas de saúde e tomadores de decisão, o que permitirá o mapeamento da adequação da capacidade de carga do sistema no estado e municípios. Ademais, tal pesquisa contribui para o estado da arte científico sobre o tema, tendo em vista que há poucos estudos e evidências sobre a pandemia na atualidade. ## BIBLIOGRAFIA Baldwin, R., & Mauro, B. W. di. (2020a). Economics in the Time of COVID-19. Economics in the Time of COVID-19. Baldwin, R., & Mauro, B. W. di. (2020b). Mitigating the COVID Economic Crisis: Act Fast and Do Whatever It Takes. ewi-vlaanderen.be. COVID-19 Brasil. (2020). Portal COVID-19 Brasil. Retrieved from https://ciis.fmrp.usp.br/covid19/ Enrique Acosta, Aburto, J. M., Alburez-Gutierrez, D., Guimaraes, R., & Nepomuceno, M. (2020). Latin American and Caribbean governments must increase the COVID-19 test coverage drastically to mitigate the humanitarian impact of the pandemic. https://doi.org/DOI 10.17605/OSF.IO/WG3B2 ESRI. (2013). ArcGIS Desktop: Release 10.2. Redlands CA. Google Scholar. (2020). COVID-19 - Google Acadêmico. Retrieved April 16, 2020, from https://scholar.google.com/scholar?hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5&q=COVID-19&btnG= Ministério da Saúde. (2020). COVID19: Painel Coronavírus. Morais, M. da P., & Rego, P. A. (2017). Determinantes socioeconômicos da coabitação familiar dos jovens e da formação de novos domicílios no Brasil urbano. Http://Www.Ipea.Gov.Br. OPAS. (2020). Actualización Epidemiológica Dengue, 7 de febrero de 2020. Oxford Analytica. (2020a). COVID-19 will have devastating impact on Ecuador. Emerald Expert Briefings. https://doi.org/10.1108/OXAN-DB251834 Oxford Analytica. (2020b). COVID-19 will have wide-ranging impacts in Peru. Emerald Expert Briefings. https://doi.org/10.1108/OXAN-DB251768 Piras, C. (2020). Women in Latin America and The Caribbean face greater risks from coronavirus - ¿Y si hablamos de igualdad? QGIS. (2020). Welcome to the QGIS project! Retrieved April 16, 2020, from https://qgis.org/en/site/ Roser, M., Ritchie, H., & Ortiz-Ospina, O. (2020). Coronavirus Disease (COVID-19) – Statistics and Research. Our World in Data, https://ourworldindata.org/coronavirus. Taylor, D. B. (2020). A Timeline of the Coronavirus Pandemic. The New Work Times, 1–5. Valle, D., Nacif Pimenta, D., & Aguiar, R. (2016). Zika, dengue e chikungunya: desafios e questões. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 25(2), 1–2. https://doi.org/10.5123/S1679-49742016000200020 WHO. (2020). Coronavirus disease 2019. Retrieved April 16, 2020, from https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019 [1]: https://osf.io/ytu3c/wiki/Home-en/
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